segunda-feira, 3 de abril de 2017

Não vá de encontro a sua natureza... ceda!

Sempre gostei de pensar na ideia de respostas anônima a cartas de alguém que não conheço e o mais irônico aqui é que nos conhecemos, mas acredito que nem longe você verá que essa é em resposta a sua publicação...

Esses dias li sua citação a algum poeta ou pensador, que dizia querer embrulhar seu coração, sentimentos, vontades e enviar para um lugar bem longe... e eu cá em meus pensamentos diria para fazer exatamente o oposto.

Nessa larga aventura que chamamos de vida, nos exige que sentimos... não vá de encontro a sua natureza, ceda, sinta, tombe, levante!

Nosso coração precisa de cicatrizes, aquelas que ganhamos em batalhas, para nos tornamos fênix de nós mesmos. 

Tenho dó daqueles que não sentem e vivem suas vidas a esmo, desprendidos... afinal, o sexo com a entrega, chamamos de amor, mesmo que temporariamente... tornam os calafrios em gozo ainda mais sedentos... mais cheios de vontade.

Não seria o amor, um ato de rebeldia?! 

Viemos ao mundo com um propósito bem definido, viver o máximo que pudermos (dai se incluem itens de bondade, maldade ou indiferença), para enfim morrer!

Um poeta que muito gostara na adolescência, em sua fúnebre vida solitária, porém de um sonhador e amante errante escreveu em um lindo poema "lembranças de morrer" (Álvares de Azevedo):
Descansem o meu leito solitário 
Na floresta dos homens esquecida, 
À sombra de uma cruz, e escrevam nela: 
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.

Meu grande conselho se assim posso dizer: tenha suas melhores noites, para que os dias sejam ainda mais radiantes...

Se farte de vontade, transborde!

Essa carta pode parecer torpe ou interesseira já que há muito te quero, mas prefiro pensar que é uma daquelas falas de afagos...

... John e Paul convidaram Prudence a brincar... e eu te teço um convite... viver!

Dear Prudence, won't you come out to play
Dear Prudence, greet the brand new day
The sun is up, the sky is blue
It's beautiful and so are you
Dear Prudence won't you come out and play
(Dear Prudence - The Beatles)