domingo, 25 de junho de 2017

...Reciprocidade...

Do que vale o encontro... sem que haja reciprocidade! Não é um assalto a uma gama de vontades?!

Meu corpo exalou quereres ao sentir o tão breve toque, cheiro, respiração e cada palavra proferida naquela conversa! 

Fiquei nervosa, ruborizei, me medi em palavras, mas mantive a minha genuinidade.

Fui contigo, como sou! Água profunda e cristalina... doce, aquífera. 

Dentre as minhas complexidades...Em minhas profundidades.

Não sabia ao certo se eras o que minha cerne desejava...

Me parecia que eras perfeito em minhas imperfeições! 

Então pensei... se fores um terço de que meu corpo almeja... Minhas trêmulas vontades gritarão em êxtase. 

Hoje com a possibilidade de um pequeno cruzamento... Escuto melodias, arpejos, solfejos.

Da sofreguidão romântica de Debussy...
A protestos do Cash com sua linda caixa folk.

Se há explicação lógica ou matemática, desconheço... E essa em sua magnitude é a beleza do inexplicável! A paixão...

Eu te quero, minha mente te deseja em prosas e versos, meu corpo trepida em senoides de x, meu limite sempre tenderá a um infinito de vontades!

Falta apenas um sim, para que meu algoritmo siga sua lógica "in love". 

Ou não, para que termine sua tão curta jornada!


Então...

"Any time at all
All you've gotta do is call
And I'll be there

If you need somebody to love
Just look into my eyes
I'll be there, to make you feel right

If you're feeling sorry and sad, I'd really sympathize
Don't you be sad, just call me in tonight

Any time at all
All you gotta do is call
And I'll be there

If the sun has faded away
I'll try to make it shine
There is nothing I won't do

If you need a shoulder to cry on, I hope it will be mine
Call me tonight, and I'll come to you

Any time at all
All you've gotta do is call
And I'll be there"

(The Beatles - Any Time At All)

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Não vá de encontro a sua natureza... ceda!

Sempre gostei de pensar na ideia de respostas anônima a cartas de alguém que não conheço e o mais irônico aqui é que nos conhecemos, mas acredito que nem longe você verá que essa é em resposta a sua publicação...

Esses dias li sua citação a algum poeta ou pensador, que dizia querer embrulhar seu coração, sentimentos, vontades e enviar para um lugar bem longe... e eu cá em meus pensamentos diria para fazer exatamente o oposto.

Nessa larga aventura que chamamos de vida, nos exige que sentimos... não vá de encontro a sua natureza, ceda, sinta, tombe, levante!

Nosso coração precisa de cicatrizes, aquelas que ganhamos em batalhas, para nos tornamos fênix de nós mesmos. 

Tenho dó daqueles que não sentem e vivem suas vidas a esmo, desprendidos... afinal, o sexo com a entrega, chamamos de amor, mesmo que temporariamente... tornam os calafrios em gozo ainda mais sedentos... mais cheios de vontade.

Não seria o amor, um ato de rebeldia?! 

Viemos ao mundo com um propósito bem definido, viver o máximo que pudermos (dai se incluem itens de bondade, maldade ou indiferença), para enfim morrer!

Um poeta que muito gostara na adolescência, em sua fúnebre vida solitária, porém de um sonhador e amante errante escreveu em um lindo poema "lembranças de morrer" (Álvares de Azevedo):
Descansem o meu leito solitário 
Na floresta dos homens esquecida, 
À sombra de uma cruz, e escrevam nela: 
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.

Meu grande conselho se assim posso dizer: tenha suas melhores noites, para que os dias sejam ainda mais radiantes...

Se farte de vontade, transborde!

Essa carta pode parecer torpe ou interesseira já que há muito te quero, mas prefiro pensar que é uma daquelas falas de afagos...

... John e Paul convidaram Prudence a brincar... e eu te teço um convite... viver!

Dear Prudence, won't you come out to play
Dear Prudence, greet the brand new day
The sun is up, the sky is blue
It's beautiful and so are you
Dear Prudence won't you come out and play
(Dear Prudence - The Beatles)


quarta-feira, 22 de março de 2017

Ao som do carnaval e debaixo das estrelas...

Há quem escreva sobre uma noite de verão... posso descrever uma noite estrelada de carnaval.

O acaso, que se transformou em papeio e seguiu por admirar serrotes e estrelas.

Quando dei por mim, éramos eu, você, uma pequena serra e estávamos deitados e olhando aquele céu lindo que nos rodeava.

Os outros se entrelaçam nas ladeiras caicoenses em um sábado carnavalesco... e nós, ali!

Longe de tudo, de todos, do som...

Éramos o nosso próprio som, nossas anedotas, estórias e histórias...

Falamos sobre seres de outros planetas, astrologia, espiritualidade, banalidades, crenças...

De leve as mãos passearam e se converteram em carinho, beijos, estímulos...

Me perdi no teu colo, afeto, na conversa e já era quase manhã...

E num piscar de olhos acordei em um quarto vazio...
do meu sonho daquela noite de verão. 


"Mr. Moonlight
You came to me
one summer night
And from your beam you made my dream"
(Mr. Moonlight - The Beatles)

quinta-feira, 9 de março de 2017

I want you!

E tudo começou naquele dedinho de prosa, que sorrateiramente tratamos de transformar em mãos, braços, abraços, respirações, descolar de lábios e sentidos.

O lugar ou razão do princípio da conversa, nem tinha importância, já que nos perdemos em conversas que iam de "você pode olhar meu cacto?" a "por que começamos a conversar mesmo?!"

Me lembrei de tantos poetas que falavam de encontros de almas e olhares...tive fisgadas ao capturar centelhas em seus olhos, assim que cruzaram ao meu.

Ali eu já sabia exatamente o queria...  

Seu olhar leu o meu e entendeu o que cada canto da minha boca desejava, que de leve o seu casaco abrisse cada vez mais...
Quando dei por mim, minha língua passeava em seu corpo pálido e pintado de gotas de tesão!

Meu peito que palpitava, só tinha uma certeza... "quero me perder em você" e que ao menos essa noite, nossos platonismos seriam conjugados, nas findáveis horas que se esvaiam, como uma ampulheta que corre, quebrando toda a minha ideia de relativismo.

Enfim... naquele momento eu estava onde queria estar... arrepiando o teu corpo e com teu gosto em mim... naqueles Kms que se acabavam mais rápido do que eu gostaria. 


I want you,
I want you so bad
It's driving me mad, it's driving me mad.
He's so heavy heavy 
(I want you - The Beatles)