O lugar ou razão do princípio da conversa,
nem tinha importância, já que nos perdemos em conversas que iam de
"você pode olhar meu cacto?" a "por que começamos a conversar mesmo?!"
Me lembrei de tantos poetas que falavam de encontros de almas e olhares...tive fisgadas ao capturar centelhas em seus olhos, assim que cruzaram ao meu.
Ali eu já sabia exatamente o queria...
Ali eu já sabia exatamente o queria...
Seu olhar leu o meu e entendeu o que cada canto da minha boca desejava, que de leve o seu casaco abrisse cada vez mais...
Quando dei por mim, minha língua passeava em seu corpo pálido e pintado de gotas de tesão!
Meu
peito que palpitava, só tinha uma certeza... "quero me perder em você" e
que ao menos essa noite, nossos platonismos seriam conjugados, nas findáveis horas que se esvaiam, como uma ampulheta que corre, quebrando
toda a minha ideia de relativismo.
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